Sistemas de purificação da água disponíveis no mercado nacional


São inúmeros as marcas e modelos de filtros e purificadores de água disponíveis no mercado. Com exceção do saudoso, mas ainda usado, filtro de barro, todos os demais, além de reter partículas, também reduzem o cloro. 

Prestou atenção? Sim, o filtro de barro, aquele do tempo da vovó, fazia sentido naquela época quando a água era de poço, pois só serve para filtrar a sujeira. A água encanada e com cloro ainda era rara para a maioria, como ainda é hoje em muitas regiões do planeta, com quase dois bilhões de pessoas consumindo água contaminada.

E as bactérias? Para combatê-las, ferviam a água. Ilusão! A grande maioria somente com altíssima temperatura para serem mortas; outras, nem com muita quentura.

Hoje, o problema maior é o excesso do cloro. Consumido tanto na água ingerida quanto na água que é usada no preparo da alimentação e, como vimos em artigos e vídeos, durante o banho.

Para reter partículas, geralmente é usado o polipropileno ou mantas de fibras, e para a redução do cloro, o carvão ativado, que nada mais é do que a casca do coco de babaçu – isso no caso dos refis nacionais - que passa por um rigoroso processo de preparo em altíssima temperatura.
Outras marcas, como duas, das cinco que são comercializadas na Mais Purificadores, adicionam minerais, como Dolomita ou, no caso da Top Life, o Zeolife, um poderoso mineral que, com o carvão ativado com prata coloidal, exerce a função bactericida e bacteriostática.
Portanto, ainda que todas tenham a propriedade de tirar a sujeira e reduzir o cloro, há muitas diferenças entre uma marca e outra, a começar pela eficiência bacteriológica certificada pelo Inmetro, propriedade que nem todas têm.

Isso é um grande problema? Em parte não, pois o cloro é bastante eficiente no combate às bactérias. 

No entanto, para que o cloro seja eficiente na função bactericida, há uma série de condições e processos que precisam ser rigorosamente cumpridos: dosagem correta do cloro e demais componentes químicos na estação de tratamento, cuidados nos consertos da tubulação ao longo do percurso entre a estação e as nossas residências, especialmente em determinadas áreas de possíveis contaminações, inclusive por chorume ou, pior ainda, necrochorume (líquido resultante da decomposição de cadáveres); cuidados com a proteção e manutenção do reservatório de água, dentre outros. 

Por isso, como dizia meu tio, “a esperança é a última que morre, mas morre; enquanto que o desconfiado continua vivo”.

Portanto, se há a possibilidade de obter um purificador que também tenha essa propriedade a um preço até mesmo inferior ao de muitos que tem no mercado sem eficiência, porque não optar por um que tenha? Portanto, nesse caso, melhor ser desconfiado e garantir a eficiência bacteriológica.

E o uso do ozônio?

O ozônio é um gás, que na sua forma natural, é gerado pela ação dos raios ultravioletas, mas pode ser obtido mecanicamente pela descarga elétrica de alta tensão (2000 V) em um campo com oxigênio, onde é gerado três átomos de oxigênio. Na tabela periódica é representado pelo símbolo O³.

Trata-se de um gás extremamente volátil, que se dissipa em até 30 segundos, mas com um poder de oxidação enorme e, assim, altamente bactericida, fungicida e virucida. Segundo alguns estudos, elimina até mesmo a potente bactéria KPC.

Na água, o ozônio é 3.125 vezes mais rápido que o cloro na eliminação de vírus e bactérias. Por isso, é a mais potente substância antiviral e bactericida conhecida pelo homem.

Foi descoberto na década de 1840 pelo químico Wemer Siemens e utilizado pela primeira vez na medicina na Primeira Guerra Mundial, pelo médico alemão Christian Friedrich, no tratamento de feridas em soldados.
Atualmente, além desinfecção da água e do ar, é usado na medicina e na desinfecção de alimentos e redução do agrotóxico.

Então, é isso aí, em certas situações, melhor ser desconfiado do que esperançoso.

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