Cloro - malefícios, descoberta e aplicações
Você sabia que o cloro já foi usado como arma química?
Pois fique sabendo que sim. Foi na Primeira Guerra Mundial. É,
esse “cara” aí, como fala a rapaziada, não é pouca coisa. É um gás venenoso.
Mas
calma, o uso na água que consumimos é bem controlado, ao menos dever ser. Acreditamos
na qualificação técnica e responsabilidade dos responsáveis, não é verdade?! No
entanto, também é sabido que em determinadas regiões onde a qualidade da água
destinada ao tratamento é bastante precária, muitas vezes é usado cloro em
excesso. Daí as preocupações de especialistas na área.
Nesse artigo, faremos uma breve explanação histórica sobre a
descoberta desse elemento químico, forma como é obtido e aplicações. Na sequencia,
terá um segundo artigo, abordando alguns dos prováveis efeitos colaterais do
consumo prolongado do cloro que é usado no tratamento da água de abastecimento
público.
Como foi descoberto o cloro?
Essa
história começou em 1774, quando o jovem cientista sueco Carl William Scheele,
aos 32 anos, misturou um mineral, de nome pirolusita (dióxido de manganês -
MnO2), com ácido clorídrico (HCl), conhecido na época como ácido muriático. Ao
fazer esse experimento, Scheele suspeitou que havia produzido um gás e que nele
também havia oxigênio (O2).
Alguns
anos depois (1810), um químico britânico, Humprey Davy, levantou a hipótese de
que o tal gás descoberto pelo sueco, não tinha oxigênio (O2). E foi esse
sujeito que o batizou de cloro, devido a cor amarela esverdeada, tipo, “verde
pálido”, cuja origem é do grego “khlorós”.
Essa
hipótese foi confirmada em 1823 por outro químico sueco, Jacob Berzelius. E foi a partir de então que o cloro
ficou definido como um elemento químico, passando a também fazer parte da
famosa, e tão “amada” pela maioria dos estudantes, a tabela periódica.
Assim, com a sigla Cl, o
cloro nosso de cada dia faz parte, junto com o flúor e o Iodo, dentre outros, do
grupo dos halogênios. Isso mesmo, os halogênios. Se você não acha seu sobrenome
muito simpático, fique sabendo que tem coisa pior.
Segundo
os químicos, o cloro, depois do flúor, é o segundo elemento químico mais leve
dos halogênios, esse grupo que, como vimos, também tem suas “garras afiadas”. É
por isso que alguns especialistas, como o Dr. Lair Ribeiro, criticam a presença
do flúor no creme dental e na água potável.
E como é obtido ou produzido?
Se
considerar que o cloro só é encontrando na forma de compostos, daí o nome
cloretos, isto é, existe impregnado em outras substâncias encontradas na
natureza, podemos dizer que é um “gás parasita”. E se considerar a forma como
ele gruda em qualquer matéria orgânica com a qual tenha contato, sejam as
bactérias, nossos alimentos ou mesmo nosso organismo, até podemos afirmar
tratar-se de um grande parasita.
O
cloro é o 21º elemento químico mais abundante na crosta terrestre e o composto
mais comum onde é encontrado é o cloreto de sódio, que é o nosso sal de
cozinha. Por isso, ele é abundante nas salinas e águas do mar.
A
produção industrial é obtida a partir da ação de agentes oxidantes ou por
eletrólise, que é a decomposição de um composto
em seus componentes mediante a passagem de uma corrente elétrica numa solução.
Além do tratamento da água, para que mais serve o cloro?
O cloro, por seu poder altamente oxidante, é usado na desinfecção da água. O primeiro registro do uso do cloro em esta finalidade data de 1896, na Base Naval Austro-Húngara de Paola, no Mar Adriático. A partir de então, o uso do cloro com esta finalidade se disseminou por todo o mundo, e hoje é usado em cerca de 90% das estações de tratamento de água.
Além do tratamento da água para abastecimento público - apesar de ainda termos no mundo quase 2 bilhões de pessoas sem água potável – o cloro também vem sendo usado nas estações de tratamento de esgoto.
Além do tratamento da água para abastecimento público - apesar de ainda termos no mundo quase 2 bilhões de pessoas sem água potável – o cloro também vem sendo usado nas estações de tratamento de esgoto.
E
como um desinfetante, é o principal produto utilizado nas águas das piscinas.
Mas
não é só. São inúmeras indústrias e aplicações do cloro: indústria têxtil, de papel
e celulose, de derivados de petróleo, de medicamentos, de inseticidas, de
tintas e solventes, de plásticos, de PVC e de inúmeras outras.
E
aí, mais uma alerta, para o dia-a-dia. Os filtros de papel para coar café.
Veja, aquecemos a água com cloro para preparar o café e depois passamos essa
água quente, novamente em outro produto que também recebeu cloro na sua
produção.
E essa história de arma química com cloro, é verdadeira?
Claro
que sim, entre 1915 e 1916. Começou com o exército
alemão e logo as forças aliadas - franceses, ingleses e russos - passaram a
responder com a mesma arma. E o terror provocado pelo gás cloro foi ampliado
com o uso do gás cianídrico e o gás mostarda.
Segundo historiadores, foram usadas mais de 124 mil toneladas
de 21 agentes tóxicos diferentes, provocando a baixa estimada de 1 milhão de
pessoas e 90 mil mortes.
Cessada a guerra, a maioria dos países reunidos em Genebra,
em 1925, assinaram um acordo de não mais usar armas químicas em batalhas.
Qual a quantidades de cloro permitido na água?
A aplicação da água
no tratamento de água potável deve cumprir o que determina a legislação. Pela
Lei 1469/2001, Art. 13º, após a desinfecção, a água deve conter o
teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, e em qualquer ponto da rede de
distribuição é obrigatória a presença de, no mínimo, 0,2 mg/L.
Na água para limpeza em geral, a concentração deve estar
entre 15 a 25 ppm, não mais que isso.
A partir de
1.000 ppm o gás cloro passa a ser mortal e a exposição prolongada ao gás abaixo
do nível letal, debilita os pulmões, aumentando a possibilidade de outras
enfermidades pulmonares.
Ainda,
segundo o autor, percepção da existência do cloro no ar pode ser percebida pelo
odor a partir de 3,5 ppm (concentração de soluções químicas em partes por
milhão).
Referências:
1_ Cloro - http://www2.fc.unesp.br/lvq/LVQ_tabela/017_cloro.html> 15/09/2018, 22horas
2_ Cloro - https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloro> 15/09/2018, 22horas
3_ Cloro https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/cloro.htm>15/09/2018, 22:20horas
4_Determinação de Cloro Residual e da Demanda de Cloro < https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-de-cloro-residual-e-da-demanda-de-cloro/> 16/09/2018, 09horas
5_ Adição de cloro na água < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/adicao-cloro-na-agua.htm>16/09/2018, 09horas
1_ Cloro - http://www2.fc.unesp.br/lvq/LVQ_tabela/017_cloro.html> 15/09/2018, 22horas
2_ Cloro - https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloro> 15/09/2018, 22horas
3_ Cloro https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/cloro.htm>15/09/2018, 22:20horas
4_Determinação de Cloro Residual e da Demanda de Cloro < https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-de-cloro-residual-e-da-demanda-de-cloro/> 16/09/2018, 09horas
5_ Adição de cloro na água < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/adicao-cloro-na-agua.htm>16/09/2018, 09horas
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