Oxi-sanitização, o que precisamos saber
Em tempos de pandemia, a busca, quase
que desesperada, para se proteger vem fazendo com que a sanitização com o uso
do gás ozônio entre no vocabulário popular, a chamada oxi-sanitização.
Já amplamente utilizada em veículos a
fim de remover fungos, ácaros e bactérias, fatores responsáveis por odores e
riscos de doenças respiratórias, a oxi-sanitização começou, também, a ser divulgada
e utilizada em ambientes como residências, consultórios, escritórios, lojas,
escolas, etc.
Mas, afinal, podemos confiar nessa tecnologia
como mecanismo seguro contra qualquer tipo de bactéria, fungos e vírus, inclusive
o Coronavírus?
O ozônio mata o Coronavírus?
Já utilizado há décadas em países
desenvolvidos para o tratamento da água no lugar do cloro e demais componentes
químicos, assim como na medicina, o gás ozônio vem sendo aplicado também na
esterilização de equipamentos e roupas contra o Covid 19. Em abril deste ano
(2020) duas universidades do país colocaram a disposição de instituições
públicas câmaras de ozônio com essa finalidade. Em São Carlos, o Departamento
de Física da USP (Universidade de São Paulo) apresentou à comunidade a câmara
de esterilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) utilizados por
profissionais que atuam no tratamento de pacientes contaminados pelo covid 19.
Em Santa Catarina, pesquisadores da UNESC (Universidade do Extremo Sul de Santa
Catarina) instalaram um túnel de higienização no Centro de Triagem da
Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma.
Salienta-se, contudo, que embora
eficaz no combate ao vírus da poliomielite, do rotavírus e, inclusive na
pandemia do H1N1, pelo seu alto poder oxidante, eliminando bactérias poderosíssimas
como a temível “superbactéria KPC”, ainda não há estudos científicos
conclusivos no combate ao coronavírus.
Porém, considerando seu alto poder
oxidante e, portanto, bactericida, fungicida e virucida, engenheiros químicos e
outros profissionais da área tem defendido sua capacidade de também sanitização
do ar, e que pode ser um grande aliado no combate ao Coronavírus. A eficácia e
possíveis riscos colaterais, no entanto, são levantados por alguns
especialistas a partir dos estudos com o ozônio produzido na troposfera, aquele
gerado a partir da irradiação solar sobre os gases de efeito estufa.
Mas, afinal, o que é o gás ozônio e qual a sua importância?
Descoberto em 1840 pelo químico suíço
C. F. Schonbein, o ozônio é conhecido há mais de 100 anos como o responsável pela
proteção da vida no planeta contra os raios ultravioletas emitidos pelo sol, além
de um potente virucida natural.
Formado naturalmente pela ação dos
raios ultravioletas que emanam do sol sobre as moléculas do oxigênio,
quebrando-as e seus átomos e se reagrupando em seguida com outras moléculas,
formando, assim, um gás composto por três átomos de oxigênio, razão pelo qual é representado pelo símbolo
químico O3.
Localizada entre 15 e 50 km da
superfície terrestre, o ozônio constitui-se em uma camada de aproximadamente 10
km de espessura.
O ozônio é sempre benéfico aos seres vivos?
Não. Uma segunda forma de produção de
ozônio acontece na troposfera, que é a camada onde vivemos.
A irradiação solar que chega à
superfície terrestre pelos buracos da camada de ozônio estratosférico, também provoca
a quebra das moléculas de oxigênio e forma o O3. Esse ozônio troposférico ao se
dissipar nos gases poluentes produzidos pela ação humana através de processos industriais,
circulação de automóveis, criação de grandes rebanhos bovinos e pelos diversos
produtos químicos usados no dia-a-dia, como é o gás metano (CH4), o monóxido de
carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2) e óxido nitroso (N2O), geram uma
substância tóxica altamente prejudicial aos seres vivos.
Inúmeros estudos demonstram as ações
devastadoras sobre produção agrícola, reduzindo-a enormemente, e sobre os
demais seres vivos, provocando desde a irritação nos olhos a sérios problemas
de pele, cardiovascular e pulmonar.
Como é produzido o ozônio “bom”?
Não existe ozônio bom e ozônio ruim. O
ozônio é um só, apesar das três formas básicas de como é gerado. Seus benefícios
e malefícios estão associados ao ambiente onde incide natural ou artificialmente.
Uma das formas de gerar ozônio é
mecanicamente. Imitando o que ocorre na natureza, cientistas descobriram que
através de uma descarga elétrica de alta tensão sobre as moléculas de oxigênio
é possível desencadear o processo de quebra e reagrupamento das moléculas em
três átomos, não mais em dois, como é a fórmula do Oxigênio (O2).
É essa tecnologia utilizada na geração
do ozônio aplicado à procedimentos médicos, na esterilização de objetos, na
purificação de água e do ar.
E o que é a oxi-sanitização?
É o uso do ozônio produzido
mecanicamente na sanitização e esterilização de ambientes, veículos e objetos
em geral. Devido ao seu enorme poder oxidante, o ozônio age sobre bactérias, fungos
e vírus presentes em tubulações de ar condicionado, tapetes, estofamentos,
móveis e utensílios. Há anos vem sendo usado na sanitização de veículos.
Na sanitização de veículos, objetos,
móveis, etc, apesar de sua eficácia ser questionável pela quantidade de ozônio
permitida em lei, não há formulações sobre os possíveis riscos à saúde. O que é levantado em algumas formulações
teóricas é o uso do ozônio na sanitização de ambientes, especialmente, na
purificação do ar, que é o que acontece na oxi-sanitização de ambientes.
Por que não podemos confiar na aplicação do ozônio na sanitização de ambientes e purificação do ar?
Primeiro porque, segundo alguns especialistas,
a aplicação do ozônio em ambientes internos dentro da concentração permitida
por lei - de 0,12 a 0,80 ppm - não apresenta a eficácia aludida pelos
profissionais da área. Se colocar acima da concentração permitida, têm os riscos
à saúde, especialmente aqueles decorrentes dos gases tóxicos que possivelmente
possam ser formados.
Ainda que sejam locais fechados e o
processo feito sem a presença de seres vivos, argumenta-se que em ambientes de
grande circulação de pessoas, além do gás carbono e de outros gerados a partir dos
hábitos pessoais e/ou de higiene, podem também estar presentes gases poluentes
advindos do ambiente externo.
Portanto, embora possa ter um excelente
resultado na sanitização de móveis, objetos, utensílios e ar condicionados, em
que pese os questionamentos da concentração permitida aplicada, as indagações consistem
nos possíveis efeitos do ozônio sobre a qualidade do ar presente no ambiente. Questionamentos levantados a partir dos
estudos sobre os efeitos do ozônio troposférico sobre os gases poluentes, conforme
citado anteriormente.
Ao contraporem os riscos alertados por
especialistas, profissionais da área alegam que a oxi-sanitização é aplicada em
ambientes sem a presença de pessoas e animais. Além disso, dizem utilizar um
tipo de ozônio apropriado à sanitização, inclusive adicionando aromas que
imitam ar fresco da natureza. Argumento desprovido de qualquer base científica.
Só há uma fórmula do gás ozônio, o O3, que é uma molécula de oxigênio formado
por três átomos. Fora isso, pela sua alta volatilidade, o gás gerado na máquina
com uma descarga de alta tensão deixa de ser gás ozônio e passa a ser outro tipo
de gás.
Em que pese também haver controvérsias
em torno da ozonioterapia, porém, esta, claramente expostas aos interesses
econômicos da indústria farmacêutica, e ainda que tais baseadas em especulações
teóricas, sem qualquer estudo científico comprovando, os questionamentos
levantados merecem que proprietários e profissionais que recorrem ao ozônio
para a sanitização de ambientes e purificação do ar sejam mais criteriosos no
uso dessa tecnologia.
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